domingo, 20 de janeiro de 2008

Desenha-me pedras

Desenha-me pedras no lugar do coração.
Desenha-me gelo, desenha-me vidro, desenha-me ferro...

Desenha-me qualquer coisa mas não me faças sentir.

Onde anda ela?

Ele chorava. O mistério, o inseguro, o vago e o inquieto da noite viviam furiosamente naquele dia. As fotografias estavam precisamente ali, à sua frente. E depois de tanta procura, de tanto sofrimento, de tanta angústia ele não as conseguia olhar. Não as conseguia enfrentar.
Tudo se perdeu naquele dia. Já lá iam três anos e tudo estava no mesmo sítio. Tudo estava conforma ela tinha deixado...

Por onde andaria ela?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Crown of Love



The Arcade Fire - Crown of Love

They say it fades if you let it,
love was made to forget it.
I carved your name across my eyelids,
you pray for rain I pray for blindness.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love is fallin' from me.
If you still want me, please forgive me,
because the spark is not within me.

I snuffed it out before my mom walked in my bedroom.

The only thing that you keep changin'
is your name, my love keeps growin'
still the same, just like a cancer,
and you won't give me a straight answer!

If you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallin' from me.
If you still want me please forgive me
because your hands are not upon me.

I shrugged them off before my mom walked in my bedroom.

The pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.

If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,
'cause the spark is not within me.
it's not within me, it's not within me.

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word that I can say

You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word , the only word that I can say!

Only one that I can say!


[Uma música fantástica... Óptima a fazer sentir...
Apaixonadamente detestável se o que se sente não é bom]

Gostando, não gosto

Não gosto de ti...

Vais-te infiltrando em mim, vais-me consumindo, vais-me roubando...
Apoderas-te e foges, mas o que crias fica lá.

Não gosto de ti...

Gostando
[Raiva]

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A bailarina da caixinha de música

Toda ela é cor. Baila ao som da sua música e levita na mais bela suavidade. Aquele cor-de-rosa fere-lhe os olhos meigamente. A cegueira assume aos poucos contornos belos.

Olha-a. Admira-a. Deseja-a.

Pensa nela atrevidamente. Que pecado poderá esse ser, se nunca na vida teve pensamento tão supremo. Ela é tão parecida com a bailarina da caixinha de música. Nunca pensou que fosse verdadeira... Mas ela está ali!

Afinal, os seus sonhos de criança são reais.

Porque também se pode fantasiar :)

Hoje, nem que seja só por um momento, mas hoje sou mais forte que tu.

Hoje sou melhor e não me consegues derrubar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Pensar sobre gostar...

Este é apenas um dia em que me dou alguma coisa de bom e em que temo alguma coisa de mau...

Gostar de alguem... É sobre isso que hoje penso.

Algo que às vezes nos deixa tão alegres, que nos dá o mais belo dos nossos sorrisos, que nos provoca uma ansiedade fácil, um embrulho na barriga apetecido ainda que desconfortável... Faz-nos querer bem a alguém, põe de lado todo o egoísmo do ser humano, faz-nos ser bons.

E sonhamos, idealizámos, aceitamos. E ficamos felizes.

Mas às vezes chega o desistir, o achar que só nós sentimos... E ao mínimo sinal (que até pode não ser um sinal) achamos que tudo é impossível, que o desenho tão perfeito do nosso querer e desejar não se pode tornar no real tão apetecido. E aí chega a tristeza.

Choramos, ficamos parados na cama... a ver o mundo correr à nossa volta, querendo ficar tão sós, tao parados, tão adormecidos... Sem prazos para acordar.

Outras vezes apetece-nos correr sem fim (lembro-me agora de Forest Gump... é assim que queremos correr... correr do nosso problema superando e derrubando todas as nossas aparentes limitações)...

Apetece-nos ficar assim parados no meio da chuva, onde as lágrimas se confundem com as gotas...

Apetece-nos viajar para um lugar onde nada nem ninguém nos conhece, um mundo que não existe, um mundo só nosso.



Serei eu aquilo a que chamam "lamechas"???
Não, acho que apenas deixo correr livremente os sentimentos... Sentimentos que são de todos, mesmo que o neguem.

Este é só mais um texto, no meio de tantos outros sem valor que já escrevi... Não olhei ao que fica bonito ou não de se ler... Foi um desabafo de algo sentido... Presente ou não, sentimento meu ou de outra pessoa... Não é essa a questão.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Saltem as correntes!

Quero-me libertar destas correntes que me prendem os pensamentos e me impedem de escrever mesmo que ao mesmo tempo me façam sentir tanto.
É uma dor intolerante esta de sentir sem conseguir transcrever para palavras, por mais pequenas e vazias que sejam.
Fecho-me neste meu eu até que me volte a minha vida.